29 de setembro de 2009
Soul Music
23 de setembro de 2009
Lágrimas (Antigos 2)
Lágrimas
Chorei ao abrir a porta, mas nada sabia dessas lagrimas que minavam da alma, pelo que sei da tristeza rasga o ventre, mas não, essas lagrimas se esvaem por uma mera desilusão.
A vida tem dessas coisas, ou as coisas tem dessa vida um pressagio de alegria e solidão, nesse nosso mundinho a gente esquece da beleza da tinta que escorre pelas paredes do horizonte, em reluzente por de sol.
Nada mais longe do coração que a solidão, quanto mais perto das garras do escuro, mas longe de si e mais entranhado no nada. Corro por corredores tremulo, mas nada disso seria fácil pra quem ainda vive tentado estar em pé.
Soluço o escuro, nada além de notas emanam do ser, acordes graves e com pouco ritmo, nada além daquelas cordas para se por a expressar.
Levanto daquela sala, quadros e mascaras, saio pela rua, nada mais vazio que a rua, afinal não estou procurando me encher, mas sim não esvaziar por completo.
Sim a vida é uma bela folha ao vento que quando está presa ao galho é viva, mas não feliz, quando voa ao vento seca, mas conhece um mundo totalmente diferente daquele galho que lhe provinha vida.
Assim se passam os dias de uma vida com diversas lembranças que não servem pra nada, de dias que os olhos procuram o teto, de risos sem nexo.
A Culpa (Antigos 1)
14 de setembro de 2009
Agora é tudo
Crescemos num mundo onde existem padrões que necessitamos seguir para sermos aceitos, padrões de comportamento, padrões de beleza, padrões de posses, padrões que foram estipulados para buscarmos, para almejarmos ser e ter.
Vamos refletir que dia você parou e disse que aquele dia era o mais feliz da sua vida? Quantos pensamentos rodam em sua cabeça de ser mais feliz no futuro por possuir algo, ser mais feliz por estar em uma praia, ou outra cidade.
Compramos a felicidade vendida pela mídia, compramos em prestações com certeza de que seremos felizes no futuro, mas o produto nunca é entregue, ou pelo menos a que foi proposto não satisfaz.
Satisfação é um belo assunto, quem está satisfeito nos nossos dias? No Fantástico de ontem (13) saiu uma pesquisa sobre a satisfação das mulheres sobre o próprio corpo, também ontem assisti no Café filosófico da cultura sobre o produto satisfação que nos vendem. Um produto tangível que lhe trará a satisfação como produto intangível.
A juventude é um produto que vendem para trazer felicidade, todos querem ser jovens a vida inteira, querem até com ações infantis continuar em uma maquiagem de felicidade, as pessoas compram juventude facial, as pessoas procuram felicidade rápida para conter suas fragilidades de não ser felizes por si só.
A satisfação garantida e imediata é comum, segundo a psicologia as drogas suprem psicologicamente a necessidade de carinho materno, as bebidas, os excessos de trabalho.
Nos escondemos atrás dos excessos, não respeitamos nossos corpos para nos encaixar nos padrões inalcançáveis de felicidade padronizada, trabalhamos muito para parecermos bem sucedidos, a hora extra é sinal de sucesso para a sociedade, a barriga de tanquinho esconde a anorexia, a gente não espalha o buraco que temos no cartão de crédito, temos vergonha, podemos ser excluídos do grupo.
Desculpe citar o Fantástico novamente, mas também teve um cara que iria correr 24hs seguidas, um médico disse que ele estava acabando com a musculatura dele pelo excesso, mas a satisfação dele era de ser chamado de ultramaratonista, o sucesso era ser melhor que todo mundo, não importa se logo logo ele não vá andar.
Nossos assuntos são sobre a mídia, nossa vida roda em volta da opinião de poucos que tantos seguem veementemente, somos bombardeados com a obrigação de usar algo por que tal artista da novela usa, talvez isso lhe encaixe, mas repare, que tipo de pessoa você quer ser para ser feliz.
Nesse triste fim, de descobrimos que a felicidade não funciona por padrões, pela juventude eterna, nem por posses ou por padrões superados e enquadrados, mas pelos simples fato de tomarmos as rédeas de nossas vidas e vivermos o agora, o futuro tem sua importância, mas tudo o que temos é o agora.