Sigo o caminho da esperança, ela me leva até o horizonte
Sigo o caminho da lembrança, que me leva pelos caminhos que fui feliz
Sigo meus passos, pois não existem pegadas por esse novo caminho
Sussurro o segredo, lacrimejo o sentimento, levanto a poeira de seguir.
Sento na grama para sentir a luz da relva, pois ela me traz vida num amanhecer
Sento na mesa do bar para rir e de lá não saio antes de boas gargalhadas
Sento no banco de meio no cinema para ver a tela no ponto mais interessante.
Sustento a graça de viver em paz mesmo tendo tantos inimigos.
Sossego minha alma com mais uma bela canção, ouço como se fosse a primeira vez
Sossego da caminhada pelo sol escaldante, mas assim que baixar volto pra estrada.
Sossego o peito nestas palavras, pois nelas vão bem mais que palavras.
Sereno e distante é o horizonte pra onde vou, mas antes que o dia acabe estarei lá.
Sacio o desejo de vingança com o perdão, por mais murros na parede que tenha dado.
Sacio a sede com a água do riacho, a mais pura é sempre a mais distante.
Sacio o peito de poeira desta estrada, sem ela não seria eu e ela não seria ela.
Silencio, a solidão o traz, mas nem sempre vem com tristeza
Sigo um alvo lá distante, não impossível e muito menos sem valor.
Sigo por ter caído, por ter me ferido, por ter chorado, sigo pelo prazer de levantar
Sigo por que parado estaria morto, mas andando continuo o mais vivo que posso
Sussurro novamente o segredo de continuar seguindo mesmo com tantos contratempos.