Não posso dizer que acordei inspirado, até por que a maioria dos textos expostos por mim não reflete somente um pensamento momentâneo, mas sim algumas reflexões que tenho às vezes por vários anos, isso mostra ainda como este blog ainda é medíocre, pois começo pouco a pouco a tentar relatar estes pensamentos em escrita, tentando pelo menos passar uma frase que resuma minha idéia ou conclusão.
O texto de hoje não é diferente, exprime um pensamento de anos que ganha em seu devido tempo a experiência necessária para ser mudado, melhorado ou totalmente esquecido.
Dessa vez resolvi falar sobre um tema pra mim quase resolvido, mas que sempre é aberto para novas conclusões, o sentido da vida.
Primeiro preciso deixar clara minha opinião sobre a vida para conseguir chegar onde quero.
A vida em minha opinião é em sua essência é a oportunidade “divina” de podermos sentir prazer, a responsabilidade de viver não é maior que a dos animais, não somos nem se quer responsáveis por nascer, procriar e morrer, como parece aos animais, sentir amor de verdade, sentir ternura, amizade, uma conquista, ou as mais sensações que existe é o grande propósito, que não diz respeito somente aos humanos, mas sim a toda natureza.
Acredito que o ser humano olhou sua própria evolução como um distanciamento da natureza se sentindo fora ou acima da natureza, isso explica a destruição, mas somos feitos da mesma matéria, nada se aplica aos animais muda para nós. Não somos superiores, somente estamos incluídos em um plano de evolução que a natureza criou e permitiu.
Achamos realmente que comandamos tudo, mas na verdade na minha opinião o ser humano age em 90% dos casos em reação, não somos inventivos, a invenção nasce da necessidade, assim como a evolução nasce da necessidade de sobrevivência, nesses 90% de casos reagimos aos nossos pais quando bebê, aos professores, reagimos a necessidade natural de ser aceito por um grupo, devido a evolução em sociedade.
Reagimos a tudo, temos mais sensores que transmissores, não se pode negar isso, temos dois olhos, duas orelhas, até duas narinas, mas somente uma boca, o cérebro reage a todos os nossos sensores e expressa sua opinião, mas normalmente interagindo da melhor maneira a ação alheia.
Por isso não acho que somos tão donos da vida como é divulgado em livros de auto-ajuda, você não é seu dono, você não está totalmente no controle, seu papel aqui é ser feliz, mas isso depende totalmente de uma pequena arma inserida em todas as espécies vivas.
Os 10% que comentei são atitudes de vislumbre, não disse só vislumbre, disse atitudes também, esses casos acredito que foram formados pela lógica da vida que criamos em nós mesmos para realizar o que desejamos, assim com isso conseguir felicidade.
Assim sabemos que para NÃO ser feliz, em nossa bagagem de lembranças, são utilizadas determinadas formas que podemos recusar, assim modificar o caminho e seguir a lógica que acumulamos de acertos e falhas em uma forma empírica.
Assim como não podemos culpar os outros pela nossa infelicidade devido a falhas em nossa forma de agir e tanto em nossa responsabilidade de reagir.
Disse acima que reagimos na maioria dos casos, mas agora atribui responsabilidade a isso, essa é a minha maior discussão interna há anos, por que uma pessoa pode gerar atitudes ou reações destrutivas?
Pelo menos pelo pouco que conheço da psicologia, atitudes destrutivas estão relacionadas às verdades que temos conosco, afinal nessas coleções de experiências acumulamos também verdades próprias sobre a vida.
Achei um ótimo blog com um pequeno post sobre a verdade relativa, assim para explicar resumidamente, a verdade relativa tem no mínimo 2.400 anos de discussão começando a ser escrito por Protágoras e Sócrates, dizendo que a verdade é somente a sua forma de ver aquilo, mesmo sabendo de todos os fatos a verdade será avaliada pela sua coleção de experiências. O Blog é http://jeitodeexpressar.blogspot.com/2009/06/protagoras-verdade-e-relativa.html
Encontrei diversos exemplos de pessoas que têm ações auto-destrutivas, grande maioria delas sem saber, na maioria das vezes pessoas que não conseguem se relacionar, ser promovido, ser feliz, essas atitudes são muito comuns devido as verdades que nos ensinaram em nossa bela e linda infância.
A infância é a parte mais importante de nossas vidas, lá construímos nossas verdades, ou melhor, constroem essas verdades por nós e se tornam nossas verdades.
Por experiência própria sempre quis saber por que uma pessoa pobre pode conviver com a miséria, minha vida foi até uma desequilibrada busca pelo sucesso profissional, até entender o que escrevo agora e pelo menos tentar encontrar certo equilíbrio. Mas não conseguia entender por que pessoas que mesmo com poucas oportunidades preferem continuar em suas realidades às vezes miseráveis á perseguir algo melhor.
Mas hoje atribuo isso as essas verdades, infelizmente nossas vidas seguem estas verdades e muitas vezes destorcem nossa capacidade, outra coisa que preciso destacar, que não digo vidas miseráveis pelas posses que estas pessoas têm, mas miseráveis são várias outras coisas em suas vidas, são em sua vida familiar, sua saúde e diversas atitudes destrutivas consigo e que muitas vezes se tornam também destrutivas as pessoas mais próximas.
Não tenho uma receita para felicidade, não sou curandeiro, ou no mínimo bom entendedor dela, mas posso dizer que quando há busca pela felicidade ela nos encontra em determinados momentos e quando nos encontra ficamos marcados por ela, como um “ser primitivo” ou animal ela é muito mais fácil de encontrar, pois está em nossas necessidades mais básicas, como a comida, a família ou a liberdade.
Acredito que nesse texto coloquei grande parte do que queria dividir, gostei do que escrevi apesar de ser perfeccionista, espero que goste e opine.
Um Grande Abraço do Rafa.